Na mística ironia do poder sacrílego de evocações elegeu por errônea criação e deram sabor proibitivo as entidades que conhecemos por Exus e Pomba-Gira, na Espiritualidade.
Se no temor que possa existir dado por pessoas leigas, deixe agora nosso povo de rua, que os conclamemos nessa pequena homenagem.
E senhor se compreender que são espíritos, buscando a elevação; somente trabalhando e praticando o bem, e que eles se elevam.
A Umbanda evolui e se apresenta culta, atual, superando os tabus e as crendices que marcaram seus primórdios.
Não mais se pode aceitar Exu e Pomba-Gira com aspectos aterrorizantes, fantasmagóricos ou imorais, pelo contrario e ai está o médium vidente a atestarem a presença desses Exus e Pomba-Gira.
Elas se apresentam em trajes multicoloridos, podendo ser Ciganas, Senhoras de porte Aristocrático ou mulheres apenas comuns de porte vulgar, dançarinas populares de tabernas, enfim, amando a alegria e a noite. Porque não chamá-las de espíritos eternos das noites felizes?
E os Exus??
Poderão ser os mais másculos homens, trazendo porem, em seu cavalheirismo, seu modo eloqüente de falar, o encanto de conquistadores inconquistáveis; que na passagem terrena, tenham sido músicos, poetas, pintores, médicos, enfim, acima de tudo boêmios amantes da liberdade.
Quem poderia agora narrar o seu silencio??
Exu e Pomba-Gira, entidades não compreendidas, buscam uma evolução espiritual, mas, normalmente, são confundidos com quiumbas e perturbadores.
Nossos amigos em evolução - Exu e Pomba Gira,
Como deixar de tratá-los de amigos, quando eles nos dão tanto alento, quando da necessidade de proteção, quando na imperiosa carência de apoio espiritual, ate mesmo material, que temos??
Nos, que aqui neste mundo ainda estamos, por não termos evoluído tanto quanto ele nos revoltou deveras, quando alguém se refere irreverentemente ao querer fazer comparações de um mau caráter, dizendo:
“Ele estava com Exu, por isso aquela falta de compostura, aquela fúria". Quando da parte feminina, alguém se apresenta ridiculamente trajada, ridiculamente mal maquilada, ou ate mesmo portando-se mal, ouve-se leigos e insinuantes que:
" A Fulana estava com a Pomba-Gira", ou por despeito, quando alguém tem um charme a mais.
Queremos aqui esclarecer, de uma vez por todas e pedir aos seguidores de nossa crença, que nos ajudem que procurem entender que, um Exu ou uma Pomba-Gira, pertencem a varias categorias de espíritos, descendentes de diversas cidadanias, como também quando aqui estiveram (não diremos, quando viveram, porque eles mais do que nos, estão vivos, mais vivos do que antes, pois o espírito e imortal), de diversas camadas sociais.
Não podemos, no entanto, fazer confusões, que espíritos perturbadores, nada mais são do que infelizes quiumbas, na maior profundeza da negatividade.
Vamos tratar deste fascinante assunto, por etapas, dando alguns esclarecimentos, os quais nos são dados por eles próprios, para que possamos entender melhor a sua função, junto a espíritos evoluídos, a guias superiores, como nos protegendo, como nos levando a possíveis realizações.
Para que construamos um castelo, precisamos de bases solidas, para que o mesmo se sustente, sobre elas. Assim queremos atingir ao alto da torre deste castelo, sabendo por que escadas galgar os degraus, que nos levam a ate.
Façamos de conta que estamos entrando num mundo desconhecido, mais muito semelhante ao nosso. Um lugar onde as necessidades ainda se fazem sentir, por raízes profundas de sentimentalismo, de atrações, e por evoluções lentas, que não se deixam apagar tão logo.
Os espíritos que nos cercam, para nos proteger, os quais manifestados por intermédio de médiuns de incorporação, os conhecidos Exus, as alegres Pomba-Gira, fazem uma maneira mais quente de compreensão, porque com eles nos afinamos como amigos terrenos.
As falanges são compreendidas de milhares deles, mas nem por isso deixam de trazer seu nome em particular, quando quiserem se manifestar isoladamente, para que com maior facilidade, os possamos localizar.
Na maioria dos casos, não entram neste particular, por humildade, não podendo muitas vezes revelar sua antiga identidade por motivos que dentro da parte espiritual, devem esquecer, tendo assim uma oportunidade de evoluírem mais rapidamente, despindo-se muitas vezes de sua vaidade.
Temos entre eles, Reis, Rainhas, Condes, Princesas, Damas da Corte, Cientistas celebres, Médicos, Cirurgiões, ate mesmo simples operários que também se agrupam numa só falange, juntamente com escritores, artistas plásticos, músicos, autodidatas, boêmios, seresteiros, poetas, lavradores, camponeses, escultores e por ai a fora.
Os grupos que se destacam com maior freqüência dentro dos terreiros de Umbanda, principalmente, são os chamados Exus de Encruzilhada e os de Cemitério, assim como os Exus de Ambiente, como sendo os da Natureza; estes, por sua vez, trabalhando nas mesmas falanges e forcas espirituais, juntamente com nossas queridas Pomba-Giras. Como em todos os Pais se fala um idioma diferente, e obvio que terão eles de mudar de nome, para suas falanges, para que melhor possam ser compreendidos.
Precisamos saber, sob que linha, esta o comando principal de nossa cabeça, para que possamos saber em qual delas melhor se afinarão nossas entidades, Exu e Pomba-Gira; depois de descoberto, melhor poderemos entender, como colocar suas atrações e imas, nos seus devidos ambientes, observando as vibrações mais fortes, pelas cores e sons, os pontos riscados que sempre nos indicam a qual delas pertencem, embora possam entrar em qualquer linha.
E de uma Tonica comum, o uso das cores Vermelho e Preto, para se denominar ou conhecer Exus e Pomba-Giras de Encruzilhada, assim como o Branco e Preto ou Preto e Amarelo, para os de Cemitério (Calunga).
Na verdade, isso nos causa um pesar profundo de falta de imaginação, ditado por tradição cômoda, dentro de uma parte espiritual, tão necessitada de auxilio, onde principalmente a vidência, deveria ser mais apurada.
Nos que temos a vidência com freqüência, podemos afirmar que sob aquele traje, rude e feio, de mal gosto a toda prova, muitas vezes, esta um espírito dotado dos mais clássicos a ate mesmo luxuosos trajes e nem por isso, ele deixa de trabalhar com seu médium receptor.
Não poderíamos, em plena época atual, nos trajarmos da mesma maneira que elas se nos apresentam, por dificuldades financeiras muitas vezes e por questões obvias de ambiente.
Todavia, algumas entidades, pedem pequenos detalhes, nunca em exagerado toque, pois sabem elas, que dentro de uma casa de caridade, isto seria uma disputa muito grande, deixando que a vaidade do médium, talvez o atrasasse dentro do setor de trabalho. Mas nem por isto, precisamos deixar de agradar, se for de nossas possibilidades, como prova de carinho, de dedicação, a estas Entidades que temos tanto apreço.
AS POMBO-GIRAS
O termo Pomba-Gira é corruptela do termo "Bombo gira" que significa em Nagô, Exu.
A origem do termo Pomba-Gira, também é encontrada na história.
No passado, ocorreu uma luta entre a ordem dórica e a ordem iônica. A primeira guardava a tradição e seus puros conhecimentos. Já a iônica tinha-os totalmente deturpados. O símbolo desta ordem era uma pomba-vermelha, a pomba de Yuan. Como estes contribuíram para a deturpação da tradição e foi uma ordem formada em sua maioria por mulheres, daí a suscitação. Se Exu já é mal interpretado, confundindo-o com o Diabo, quem dirá a Pomba-Gira? Dizem que Pomba-Gira é uma mulher da rua, uma prostituta. Que Pomba-Gira é mulher de Sete Exus! As distorções e preconceitos são características dos seres humanos, quando eles não entendem corretamente algo, querendo trazer ou materializar conceitos abstratos, distorcendo-os. Pomba-Gira é um Exu Feminino, na verdade, dos Sete Exus Chefes de Legião, apenas um Exu é feminino, ou seja, ocorreu uma inversão destes conceitos, dizendo que a pomba-gira é mulher de Sete Exus e, por isso, prostituta. É claro que em alguns casos, podem ocorrer que uma delas, em alguma encarnação tivesse sido uma prostituta, mas, isso não significa que o pombo - giras tenham sido todas prostitutas e que assim agem. A função do pombo - giras, está relacionada à sensualidade. Elas finam os desvios sexuais dos seres humanos, direcionam as energias sexuais para a construção e evitam as destruições. A sensualidade desenfreada é um dos "sete pecados capitais" que destroem o homem: a volúpia. Este vicio é alimentado tanto pelos encarnados, quanto pelos desencarnados, criando um ciclo ininterrupto, caso as pombo - giras não atuassem neste campo emocional. O pombo - giras são grandes magas e conhecedoras das fraquezas humanas. São, como qualquer exu, executoras da Lei e do Karan. Cabe a elas esgotar os vícios ligados ao sexo. Quando um espírito é extremamente viciado ao sexo, elas, às vezes, dão a ele "overdoses" de sexo, para esgotá-lo de uma vez por todas. Elas, ao se manifestarem, carregam em si, grande energia sensual, não significa que elas sejam desequilibradas, mas sim que elas recorrem a este expediente para "descarregar" o ambiente deste tipo de energia negativa. São espíritos alegres e gostam de conversar sobre a vida. São astutas, pois conhecem a maioria das más intenções. Devemos conhecer cada vez mais o trabalho dos guardiões, pois eles estão do lado da Lei e não contra ela. Vamos encará-los de maneira racional e não como bichos-papões. Eles estão sempre dispostos ao esclarecimento. Através de uma conversa franca, honesta e respeitosa, podemos aprender muito com eles.
Agora, eu te pergunto: o que você sente ao ser incorporado pelo teu Exu?
Pense e depois me diga, se o que você sente não é uma poderosa força neutra que te retesa o corpo e as mãos. Você não sente ódio, rancor, maldade, perversidade, desejo de vingança, enfim, nada da caracterização de um ser monstruoso que alguns pensam ser nossos irmãos Exus. Não se esqueça que Exu muitas vezes é chamado de ”Compadre”, ou seja, aquele em quem você confia tanto, a ponto de dar seu filho para batizar. Observe que, comportamentos negativos como a agressividade e sensualidade exageradas demonstradas em determinadas incorporações podem ser derivadas do próprio médium. Se forem, o médium deve buscar conhecer e resolver o próprio problema.
Um comentário:
Saravá! Malê! Axé!...
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