Seguidores e Amigos da Umbanda

Translate

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Oferendas no ritual Umbandista!


Pergunta: Qual a finalidade das oferendas dentro do ritual Umbandista?

Baiano José: Sei que minha resposta vai desapontar a muitos irmãos e irmãs que direcionam sua mediunidade dentro da lei de Umbanda, mas em pleno século XXI fica inaceitável ainda acreditarmos que velas, frutas, panos e flores possam fazer o resultado acontecer por si só, sem a necessidade de uma reforma intima e uma fé balizada na proposta de Jesus em nossas vidas.
As oferendas em sua origem Africana diferem e muito do objetivo que hoje são direcionadas, lá temos o negro que devido a época em que se encontrava oferecia aos Orixás o que tinha de melhor dentro de sua casa. Tomemos como exemplo quando vamos receber visitas em nossa casa, sempre gostamos de oferecer o que temos de melhor e nesta localidade o negro oferecia o que não lhe faltava a mesa, ai vemos o fundamento da "comida" dentro do ritual Umbanda, originando a festa comemorativa do OLUBAJÉ.
Nos dias atuais com uma gama de informações que nos chegam através dos meios de comunicação como: Sites, mídia televisiva, livros de diversos autores etc... Ainda encontramos irmãos e irmãs sujando cachoeiras, praias, campos, matas etc... Levando a estes locais "comida" para conseguir sucesso financeiro, amor, saúde, paz e harmonia, dons que compete a cada um buscá-los através do empenho e da atitude de progresso e isso não compete a este ou aquele Orixá cuja finalidade na natureza como essência divina é bem diferente do que infelizmente ainda presenciamos nas "casas de santo", "terreiros" e "santuários".

Santo não come meus filhos, por que não existe matéria carnal para isso! A ativação do elemento vegetal pode ser feita mentalmente através de uma prece com fé e devoção. Tomemos como exemplo se um de meus irmãos ou irmãs desejam fazer uma oferenda a Oxum em uma cachoeira, podem se dirigir a mesma levando flores que deverão ser plantadas ato este que preserva, não choca e mantém a atitude de respeito para esta força denominada Orixá. Após o plantio, podemos entoar de forma singela um cântico para Oxum e com fé e devoção fazermos nossa oração que lhes asseguro meus irmãos e irmãs será escutada da mesma forma.

Hoje cometem-se excessos em nome da Umbanda e os mesmos mais servem de "muleta vibratória" do que "fundamento doutrinário".

Não adianta nos dirigirmos a um ponto onde se concentra esta ou aquela força de Orixá, para sujarmos e poluirmos este santuário natural. O ato de oferendar a inicio impressiona pelas cores, formas e essências que compõem uma oferenda, mas vale lembrar que isso vai apodrecer com o tempo, gerando náuseas, asco e infelizmente criticas classificando a Umbanda como "manifestação de baixo espiritismo!"

Não temos intenção de ofender aqueles que acreditam que o sabonete e o Manjar para Yemanjá vai lhes trazer algo, isso é uma questão doutrinária em que muitos ainda necessitam desta "muleta" para desenvolverem sua fé e fortalecerem sua crença.
Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, - deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. - (S. MATEUS, cap. V, vv. 23 e 24.) 8. Quando diz: "Ide reconciliar-vos com o vosso irmão, antes de depordes a vossa oferenda no altar", Jesus ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então a sua oferenda será bem aceita, porque virá de um coração expungido de todo e qualquer pensamento mau. Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais; cumpria--lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada. Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno. Eis aí o que ensina Jesus por estas palavras: "Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor."
O Evangelho segundo o espiritismo - Editora FEB

A Umbanda meus irmãos e irmãs passa por um momento de espiritualização e religião sem espiritualização é só um amontoado de dogmas!

Psicografado por Géro Maita

terça-feira, 29 de maio de 2012

Por que Saudar?


A importância do "Saudar"

O umbandista respeitoso e religioso deve sempre que entrar em um Centro, Saudar respeitosamente as Forças que sustentam aquele Centro e o próprio médium.
Deve-se no primeiro momento Saudar as Forças dos Srs. Guardiões e das Sras. Guardiãs assentadas na Tronqueira agradecendo a permissão de sua entrada naquela Casa Santa, agradecendo o recolhimento e encaminhamento de espíritos negativos que é realizado no ato da “simples” saudação, agradecendo a guarda, a força e a proteção que ELES realizam.
Em segundo momento Saudar o Congá e o Altar, local Sagrado de um Centro que deve ser respeitado e é onde se realiza a grande troca de energia, pois todas as Irradiações Divinas estão sendo projetadas sobre todos aqueles que reconhecem o Poder Divino.
O ato de “Bater Cabeça” não deve ser um “costume”, mas sim uma atitude de reverência diante dos Sagrados Orixás, é nessa hora que comungamos com Oxalá, Oxum, Oxóssi, Xangô, Ogum, Oba­luayê e Iemanjá pedindo que ma­ntenha nossos olhos fechados para o ciúme, para o egoísmo e para a inveja, que mantenha nossos ouvidos fechados para a intriga e para a curiosidade que alimenta a fofoca, que ma­ntenha nossos corações aber­tos para o amor, para a fé, para a compaixão e para a esperança, que ma­ntenha nossa mente aberta para o discerni­mento, para a sabedoria e para a paciência, que mantenha nosso espírito purificado e iluminado para que assim possamos servir de “simples” instrumentos de Deus, da Lei e da Justiça.
É o momento de agradecer, agradecer e agradecer por essa oportunidade única e ex­celsa que temos por estar diante do Poder Divino.
Em terceiro lugar e não menos importante, o médium deve Saudar e tomar a Benção de seu Pai ou Mãe Espiritual.
Quando isso ocorre, o “filho” está reconhecendo seu Pai Espiritual co­mo o detentor dos conhecimentos da Lei de Umbanda e como seu orientador, que o conduzirá, sustentará e protegerá dentro da doutrina religiosa umbandista.
“Tomar a Benção” é um procedimento de reconhecimento de Grau e de respeito à Hierarquia, pois o Pai Espiritual é a voz, é a força, é o representante e o intermediá­rio dos Orixás aqui no plano material e ele é escolhido e preparado pelas próprias Forças Divinas, pois se assim não fosse, não conseguiria sustentar uma gira ou realizar um “simples” desenvolvimento. Cada Centro tem a sua forma de saudar o Pai Espiritual, mas quando o médium toma entre suas mãos a mão de seu Pai Espiritual, a beija respeitosamente, leva-a até a sua testa e a beija novamente, este ato representa o desejo de que aquelas mãos preparadas o conduza aos serviços de Deus ajudando-o a adquirir conhecimentos Sagrados.
Ao dizer: “Daí-me Pai, a sua benção” e o Pai Espiritual responder “Seja Oxalá quem lhe abençoe” ele está saudando acima de tudo a Trindade Divina e sendo abençoado POR OLORUN, POR OXALÁ E POR IFÁ. As mesmas atitudes devem ser realizadas ao sair do Centro, pois o médium sai do Sagrado para o Profano.

Salve a Umbanda!!!

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Dia de Santa Sara - Dia 24 de Maio - Hoje é Dia dos Ciganos



Santa Sara é a Padroeira dos Ciganos nos quatro cantos do mundo. Na Umbanda é sempre louvada pela falange dos Ciganos e muitos terreiros festejam esses trabalhadores na mesma data de sua padroeira.

        Falando um pouco da Linha dos Ciganos na Umbanda...

Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.

Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.

Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.

Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV, XVI e XVII. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.

Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.

Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.

Santa Sarah Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.

Ciganos na Umbanda, são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.

Os ciganos em geral, tem seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espíritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais.

Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exu.


 "A vida as vezes nos mostra algo, que não entendemos no ato, mas com certeza no futuro entenderemos, então não adianta o desespero antecipado, sempre haverá uma explicação para tudo que passamos. Eu vivo a minha verdade, então o que espera para viver a sua?"
(Pelo Espírito Cigano das Almas 05/06 2005)


                                       
                                            A Lenda de Santa Sara Kali...
              (A cigana escrava que venceu os mares com sua fé e virou santa)

Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo Míriam Stanescon - Rorarni (princesa do clã Kalderash), deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.


ORAÇÃO EM ROMAIN:

Manglimos Katar e Santa Sara Kali Tu Ke San Pervo Icana Romli Anelumia Tu Ke Biladiato Le Gajie Anassogodi Guindiças Tu Ke daradiato Le Gajie, Tai Chudiato Anemaria Thie Meres Bi Paiesco Tai Bocotar Janes So Si e Dar, E Bock, Thai O Duck Ano Ilô Thiena Mekes Murre Dusmaia Thie Açal Mandar Thai Thie Bilavelma Thie Aves Murri Dukata Angral O Dhiel Thie Dhiesma Bar, Sastimôs Thai Thie Blagois Murrô Traio Thie Diel O Dhiel.

VERSÃO EM PORTUGUÊS:

Tu que és a única Santa Cigana do Mundo.
Tu que sofrestes todas as formas de humilhação e preconceitos.
Tu que fostes amedrontada e jogada ao mar.
Para que morresses de sede e de fome.
Tu sabes o que é o medo, a fome, a mágoa e a dor no coração.
Não permitas que meus inimigos zombem de mim ou me maltratem.
Que Tu sejas minha advogada perante à Deus.
Que Tu me concedas sorte, saúde e que abençoe a minha vida.
AMÉM.


ORAÇÃO...

Sara, Sara, Sara, fostes escrava de José de Arimatéia, no mar fostes abandonada (pedir para que nada nos abandone: amor, saúde, felicidade, fé, amigos, dinheiro...).

Teus milagres no mar se sucederam e como Santa te tornastes; à beira do mar chegastes e o ciganos te acolheram. Sara, Rainha, Mãe dos Ciganos, ajudaste e a ti eles consagraram como sua protetora e mãe vinda das águas. Sara, Mãe dos Aflitos, a ti imploro proteção para o meu corpo, luz para os meus olhos enxergarem até no escuro (pedir forças para os seus olhos, vidência), luz para o meu espírito e amor para todos os meus irmãos, brancos, negros, mulatos, enfim, a todos os que me cercam.

Aos pés de Maria Santíssima, tu, Sara, me colocarás e a todos que me cercam para que possamos vencer as agruras que a terra nos oferece.

Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores, espíritos perdidos não me encontrarão e assim como conseguistes o milagre do mar, a todos que me desejarem mal, tu com as águas me fará vencer (quando a pessoa não está bem e querendo resolver algo muito importante, nesse momento, beber três goles de água).

Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores e continuarei caminhando sem parar, assim como as caravanas passam, no meu interior tudo passará e a união comigo ficará; e sentirei o perfume das caravanas que passam deixando o rastro de alegria e felicidade. Teus ensinamentos deixarás!

Amai-nos Sara, para que eu possa ajudar a todos que me procurem, ajudados pelos poderes de nossos irmãos ciganos. Serei alegre e compreensiva(o) com todos os que me cercam.

Corre no Céu, corre na Terra, corre no Mundo e Sara, Sara, Sara, estará sempre na minha frente.

Assim como os ciganos pedem: Sara fique sempre na minha frente, sempre atrás, do lado esquerdo, do lado direito.

E assim dizemos: somos protegidos pelos ciganos e pela Sara que me ensinará a caminhar e a perdoar.

Reze três Ave-Marias: a 1ª para Santa Sara, a 2ª para os Ciganos e a 3ª para você.


ORAÇÃO...

Farol do meu caminho!
Facho de Luz! Paz!
Manto Protetor!
Suave conforto. Amor!
Hino de Alegria! A
bertura dos meus caminhos!
Harmonia!
Livra-me dos cortes.
Afasta-me das perdas.
 Dai-me a sorte!
Faz da minha vida um hino de alegria, e aos seus pés me coloco, minha Sara, minha Virgem Cigana.
Toma-me como oferenda e me faz de flor profana o mais puro lírio que orna e traz bons presságios à Tenda.
Salve! Salve! Salve!


ORAÇÃO...
Faça essa oração, sempre que precisar de energia:

Santa Sara, pelas forças das águas, Santa, com seus mistérios, possa estar sempre ao meu lado, pela força da natureza.
Nós, filhos dos ventos, das estrelas e da lua cheia, pedimos à Senhora que esteja sempre ao nosso lado; pela figa, pela estrela de cinco pontas, pelos cristais que hão de brilhar sempre em nossa vida.
E que os inimigos nunca nos enxerguem, como a noite escura, sem estrelas, sem luar.
A Tsara é descanso do dia-a-dia, a Tsara é nossa tenda.
Santa Sara me abençoe; Santa Sara me acompanhe.
Santa Sara, ilumina minha Tsara, para que a todos que batam a minha porta, eu tenha sempre uma palavra de amor e de carinho.
Santa Sara, que eu nunca seja uma pessoa orgulhosa, que eu sempre seja a mesma pessoa humilde.


ORAÇÃO...

Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial.
Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir.
Santa Sara, protetora dos ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo, proteja-nos e ilumine nossas caminhadas.
Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios.
 Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da Lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos.
Santa Sara, ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos cristais.
Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os intranqüilos.
Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar, neste momento.
Santa Sara, dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão sofrida.
Santa Sara milagrosa, protetora do povo cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus.
Salve Santa Sara! Arriba meu Povo Cigano! Optcha!
Saravá a Linha dos Ciganos na Umband

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Estudo Sobre Anjos da Guarda na Umbanda


Muito se fala sobre o assunto mas poucas pessoas realmente entendem a importância do Anjo da Guarda, inclusive para nós, umbandistas. Pensando nisso é que hoje eu gostaria de falar um pouquinho sobre este Espírito Celestial que nos acompanha. Vamos lá!

“Infelizmente a história sobre anjos é curta. Os gregos, que eram amantes da precisão, os chamavam DAIMONES (gênio, anjo, ser sobrenatural). Os egípcios os explicaram amplamente e com detalhes, mas tudo foi perdido, queimado na época da ascensão do cristianismo primitivo do Ocidente. Hoje, o pouco que nos resta deriva dos estudos cabalísticos desenvolvidos pelos judeus, que foram os primeiros a acreditar nesta energia.

A palavra hebraica para anjo é Malakl, que significa “Mensageiro”. As primeiras descrições sobre anjos apareceram no Antigo Testamento. A menção mais antiga de um anjo aparece em Ur, cidade do Oriente Médio, há mais de 4.000 a.C.. Na arte cristã eles apareceram em 312 d.C., introduzidos pelo imperador romano Constantino, que sendo pagão, converteu-se ao cristianismo quando viu uma cruz no céu, antes de uma batalha importante. Em 325 d.C., no Concílio de Nicéia, a crença nos anjos foi considerada dogma da Igreja. Em 343 d.C. foi determinado que reverenciá-los era idolatria e que os anjos hebreus eram demoníacos. Em 787 d.C. no Sétimo Sínodo Ecumênico definiu-se dogma somente em relação aos arcanjos: Miguel, Uriel, Gabriel e Rafael.

São Thomás de Aquino foi um estudioso do assunto. Ele dizia que os anjos são seres cujos corpos e essências, são formados de um tecido da chamada luz astral. Eles se comunicam com os homens através da egrégora, podendo assim assumir formas físicas.

A auréola que circunda a cabeça dos anjos é de origem oriental. Nimbo (do latim nimbus), é o nome dado ao disco ou aura parcial que emana da cabeça das divindades. No Egito, a aura da cabeça foi atribuída ao deus solar Rá e mais tarde na Grécia ao deus Apolo. Na iconografia cristã, o nimbo ou diadema é um reflexo da glória celeste e sua origem ou lar, o céu. As asas e halos apareceram no século I. As asas representam a rapidez com que os anjos se locomovem.

No Novo Testamento, anjos apareceram nos momentos marcantes da vida de Jesus: nascimento, pregações, martírio e “ressurreição”. Depois da ascensão, Jesus foi colocado junto ao Anjo Metatron. Alguns estudos aceitam a possibilidade dos três Reis Magos serem Anjos materializados. Melchior (Rei da Luz), Baltazar (Rei do Ouro, guardião do tesouro, do incenso e da paz profunda) e Gaspar (o etíope, que entregou a mirra contra a corrupção).

A tradição católica dividiu os anjos em três grandes hierarquias, subdivididas cada uma em três companhias: Serafins, que personificam a caridade divina; Querubins, que refletem a sabedoria divina; Tronos, que proclamam a grandeza divina; Dominações, que têm o governo geral do universo; Potências, que protegem as leis do mundo físico e mora; Virtudes, que promovem prodígios; Principados, responsáveis pelos reinos, estados e países; Arcanjos, responsáveis pela transmissão de mensagens importantes; Anjos, que cuidam da segurança dos indivíduos.”

ANJOS DA GUARDA NA UMBANDA
Na Umbanda o Anjo da Guarda não é considerado um Guia ou Orixá, é um Espírito Celestial, iluminado, de essência pura e de energia poderosíssima. Pertence à dimensão celestial, dimensão esta de grande pureza e de grande atuação em todas as outras dimensões subsequentes. Portanto, a essência e a energia dos Anjos atingem a todos independente de religião, doutrina ou crença.

Para os médiuns, os Anjos da Guarda são tão importantes quanto os próprios Orixás e Entidades, pois são eles que os protegem no momento da incorporação ou desincorporação. Momento esse que acontece em segundos de desacoplamento do corpo astral e que, por um mínimo descuido, podem sofrer um ataque do baixo astral com a entrada de seres inferiores na corrente mediúnica do médium.

Saiba que quando o Orixá/Entidade está incorporado no médium, o Anjo da Guarda fica ao lado, no entanto, no momento da desincorporação ou incorporação o Anjo da Guarda se aproxima mais ativamente ajudando a manter o equilíbrio do médium.

Vale salientar que a resistência no momento da desincorporação é altamente prejudicial para o próprio médium que, logicamente, perde essa proteção celestial.

É comum inclusive, quando o médium ainda fica em um sutil estado de transe após a desincorporação, colocarmos a mão sobre o coração do médium e dizer “fulano, seu anjo da guarda te chama!”, movimento esse que ajuda o médium no processo de desincorporação tranquilizando-o rapidamente. Além disso, os Anjos auxiliam no equilíbrio essencial do médium e os mantêm envolvidos por uma energia pura e divina.

Os Anjos de Guarda nos protegem e nos acompanham a cada dia, por isso é aconselhável manter sempre acesa uma vela branca ao lado de um copo d’água e em local alto para fazer nossas orações.

Quando acendemos uma vela estamos ligando-nos espiritualmente ao Divino, a entidade, anjo da guarda ou orixá a quem estamos ofertando a vela. Este espírito irá utilizar o elemento fogo para purificar nossos 7 campos e 7 corpos espirituais, conectando e fortalecendo nosso elo com as Hostes Celestes.

Quando colocamos o copo de água junto a vela do anjo da guarda estamos compondo mais um elemento, do qual este Espírito Superior irá utilizar para nosso maior benefício. A água é elemento purificador e fonte de vida, sendo assim, ao possibilitarmos o elemento para o trabalho da entidade, anjo da guarda etc., estamos deixando fonte elemental para ser utilizado a nosso benefício.

A água é um elemento poderosíssimo, tanto materialmente, pois nenhum ser vivo existe sem a presença dela, quanto espiritualmente, pois, modifica uma energia pesada. As águas são e devem ser ainda mais utilizadas dentro dos rituais de umbanda, proporcionando uma energia equilibrado dentro do tempo e podem ser usada conforme sua atuação e resposta espiritual.

Ela é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.

sábado, 5 de maio de 2012

A Assistência na Umbanda

 
A Umbanda e a Assistência
A Umbanda é uma religião de cunho assistencialista. Esse fato se fundamenta primeiramente nos ensinamentos de Nosso
Senhor Jesus Cristo, que em sua infindável sabedoria nos ensinou que devemos “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como a nós mesmos” e que devemos fazer aos nossos irmãos aquilo que esperamos que seja feito por nós. A Umbanda é, assim,
em primeiro lugar uma religião baseada nos ensinamentos cristãos.

A Umbanda também acredita, como outras religiões, que nós, filhos de Deus, estamos em um contínuo movimento de
evolução. Estamos a todo instante agindo e sofrendo a ações que tendem a nos projetar para frente no plano moral e no plano
espiritual. Assim, como uma forma de nos depurarmos de erros passados e de encontrarmos engrandecimento espiritual, devemos
seguir o caminho da humildade, da caridade e do perdão, tentando ajudar irmãos a amenizar seus sofrimentos materiais e
espirituais, quando possível. 

Não somente nós encarnados, mas também espíritos de desencarnados estão envolvidos nesta responsabilidade de
ajudar aos menos afortunados em um ciclo constante onde os mais evoluídos ajudam os menos evoluídos a galgarem os degraus
da evolução. 

Nesse aspecto, a Umbanda se baseia não só nos ensinamentos cristãos como também as premissas do Espiritismo de Allan Kardec. É fato inclusive, que no Brasil, o Espiritismo assumiu, com nomes como Bezerra de Menezes e Chico Xavier, uma forma mais assistencialista de trabalho do que a primitiva matiz científica oriunda da França.

A Umbanda, finalmente acredita em tronos vibracionais, ou ainda Orixás, ou ainda Reinos de Energia da Natureza, cuja
divina função é trazer para cada um de nós o equilíbrio vibracional, moldando vícios em virtudes, anulando más tendências e
intensificando as boas qualidades.

A Assistência em um culto de Umbanda
Considerando que o assistencialismo é uma das facetas da religião Umbanda, chegamos a uma pergunta que embora
pareça, não é tão fácil de responder. Como a assistência se inclui no culto da Umbanda?

A caridade em uma casa de Umbanda é realizada de muitas formas, dependendo do funcionamento da casa. Em
primeiro lugar, podemos considerar a caridade que se presta a espíritos desencarnados que visitam esse local a fim de encontrar
conforto, orientação e paz.
Por esse mesmo motivo, algumas casas de Umbanda em suas sessões (que é como são chamados os rituais ou cultos
de Umbanda) compreendem uma preparação especial para que sistematicamente ou eventualmente (dependendo da sessão e da
casa) se possa receber a visita destes espíritos e se possa prestar a devida caridade a eles.

Outro ponto a se considerar, falando de caridade, é o que se presta aos próprios filhos de santo da casa (conhecidos
também, entre outros nomes, como filhos de fé). Essas pessoas, em geral médiuns (das mais variadas aptidões mediúnicas) podem
encontrar na casa, em seus irmãos, e nas figuras de chefia, a orientação necessária e a força indispensável para lidar com sua
espiritualidade, e direcioná-la para o bem.

Finalmente, as casas de Umbanda também se destinam a fazer caridade a uma comunidade de pessoas que não
pertence ao corpo de trabalho da casa. Nesta categoria de assistencialismo, o qual é o principal motivo deste texto, costumam se basear a maioria das sessões de trabalho das casas de Umbanda.

Colocando à parte rituais fechados (como Batismos, Festas, Rituais de Limpeza, etc.), a grande maioria das sessões de
Umbanda são abertas à comunidade. Em um lugar característico das casas de Umbanda, conhecido como assistência, as pessoas
da comunidade (ou mesmo pessoas que venham de localidades distantes), que não pertencem ao corpo de trabalho da casa,
observam os cultos ritualísticos de uma sessão e se beneficiam dele.

Assim, as pessoas da assistência são defumadas, e após as incorporações dos médiuns, são convidadas a adentrar o
terreiro para receberem passes e se consultarem com as entidades (exus, caboclos, pretos-velhos, crianças, mestres do oriente, etc).
Uma pessoa da assistência pode receber caridade de várias formas, como: descarga, desobsessão, conselhos sobre questões
materiais ou espirituais, emanações curativas, etc.

Outros tipos de serviços à comunidade não relacionados estritamente com os cultos da casa podem também ser
realizadas. Algumas casas de Umbanda oferecem, por exemplo, parte ou todo o seu espaço físico para realização de palestras ou
cursos de interesse da comunidade. Também podem ser feitas campanhas de arrecadação de recursos (como alimentos ou
agasalhos). Podem ser ainda oferecidos materiais de estudos sobre a religião Umbanda e os seus rituais.

Uma questão importante discutida em algumas casas de Umbanda sobre as sessões fechadas à assistência.

A Umbanda como já foi dito, tem a missão de propagar uma mensagem de amor e caridade. Por isso; porque essa
mensagem tem que ser propagada, ela não pode ficar limitada apenas aos adeptos do culto, ou seja, ao corpo mediúnico. A
caridade deve ser oferecida a todos aqueles que precisam dela.

Por outro lado, sabemos que uma máquina não pode funcionar sem manutenção. Por isso, acredito que às vezes é
melhor que se façam sessões fechadas (para desenvolvimento dos médiuns, limpeza espiritual da casa e dos médiuns, etc.) para
que se possa oferecer uma casa e um corpo de trabalho bem preparados, para prestar a caridade à assistência em sessões abertas. 

A influência da Umbanda na Assistência e a influência da Assistência na Umbanda
Duas questões polêmicas nas quais as casas de Umbanda estão envolvidas sobre a assistência é qual o papel de fato da
Umbanda na vida das pessoas que freqüentam seus rituais e ao mesmo tempo, qual deve ser a postura de uma pessoa
enquanto participante da assistência em um ritual de Umbanda. Estas duas questões, acredito, guardam íntima relação entre si.

A primeira questão tenta descobrir como as pessoas que participam de assistências de cultos de Umbanda, vêem esses
cultos e a própria Umbanda. O que destes cultos e das vivências neles apreendidas, elas levam para suas vidas cotidianas? Como
essas pessoas se definem em termos de religião?

É certo que não podemos generalizar. Assim como em qualquer coletividade, também em uma assistência estarão
presentes pessoas com pensamentos, anseios e posturas diferentes. Mas a questão que se impõe é se é necessário que essas pessoas tenham um mínimo de conhecimento do que é a Umbanda e seus cultos. E se realmente precisam enxergar a Umbanda como religião e até mesmo como a religião delas.

Uma premissa muito importante enunciada pela Umbanda é que não se deve negar ajuda a ninguém. Assim, partindo
deste princípio não podemos cobrar de uma pessoa que se ela freqüenta os cultos de uma casa de Umbanda, ele se declare como
Umbandista.

Sabemos que a Umbanda ainda sofre de muitos preconceitos, e que decorrente disso muitas pessoas que freqüentam cultos de Umbanda têm medo de serem rotulados pejorativamente. Também pela origem multifacetada da Umbanda e também pela premissa de ajudar a todos, não podemos e nem devemos proibir a participação de irmãos oriundos de outros religiões.

Por outro lado, podemos considerar que a falta de identificação pode causar uma falta de compromisso. Por isso talvez, sejam tão comuns as queixas sobre pessoas da assistência que vão às sessões de Umbanda apenas para “pedir coisas” mas não honrem as sessões com comportamentos condizentes com os de uma casa religiosa, ou seja, vestem-se de maneira imprópria,
conversam em momentos inoportunos, entre outras coisas.

Algumas pessoas apenas visitam uma casa de Umbanda quando estão com problemas. Isso significa que não fazem da
Umbanda uma opção religiosa constante. Utilizam as sessões de Umbanda como “fast-food de consulta”, isto é, quando precisam, vão até lá, pedem o que precisam e vão embora abandonando o local até que a próxima necessidade os faça regressar.

Outras há que vão apenas aos dias de festas. Elas podem estar encarando a Umbanda como uma bonita manifestação
da “cultura popular brasileira”, ou seja, uma atração turística ou ainda “coisa para inglês ver”. Visitam, acham bonito, mas não
apreendem o real significado da religião praticada ali.

A outra questão, também de extrema importância, é o que a participação da assistência contribui para a sessão. Uma
assistência participativa tem o mesmo resultado para uma sessão do que uma assistência apática? O que é mais interessante
para a Umbanda, uma assistência ignorante sobre os conhecimentos (pelo menos as bases da religião) ou uma assistência consciente do que são os rituais (como momentos de uma sessão, pontos cantados em cada momento, etc) e dos porquês destes rituais.

Eu penso que essas duas questões estão inter-relacionadas porque acho que quanto mais as pessoas que compõem
uma assistência estão integradas no culto, tão mais elas respeitarão este ritual, participando ativamente dele, entendendo como e porque devem se comportar a cada momento.

Elas entenderão melhor que a religião não se pratica somente dentro dos templos, mas em todo o lugar. Elas
aprenderão que também elas têm a responsabilidade de fazer a caridade e semear a paz e amor ao próximo.

(M.S.C. - Um Trabalhador Humilde)
Fonte http://cethrio.vilabol.uol.com.br/
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Ouça os Pontos da Linha de Esquerda da Umbanda