Seguidores e Amigos da Umbanda

Translate

English French German Spain Italian Dutch Russian Portuguese Japanese Korean Arabic Chinese Simplified

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Hoje é Dia de Obaluaê - São Roque - Dia 16 de Agosto



Na Umbanda, o culto é feito a Obaluaiê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém Pai bondoso e fraternal para aqueles que se tornam merecedores, através de gestos humildes, honestos e leais.


Nanã decanta os espíritos que irão reencarnar e Obaluaiê estabelece o cordão energético que une o espírito ao corpo (feto), que será recebido no útero materno assim que alcançar o desenvolvimento celular básico (órgãos físicos).


Ambos os nomes surgem quando nos referimos à esta figura, seja Omulu seja Obaluaiê. Para a maior parte dos devotos do Candomblé e da Umbanda, os nomes são praticamente intercambiáveis, referentes a um mesmo arquétipo e, correspondentemente, uma mesma divindade. Já para alguns babalorixás, porém, há de se manter certa distância entre os dois termos, uma vez que representam tipos diferentes do mesmo Orixá.


São também comuns as variações gráficas Obaluaê e Abaluaê.


Um dos mais temidos e respeitados Orixás, comanda as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã, tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola, em outras já curado não poderia ser olhado de frente por ser o próprio brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará - um feixe de ramos de palmeira enfeitado com búzios.


Em termos mais estritos, Obaluaiê é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é sua forma velha. Como porém, Xapanã é um nome proibido tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaiê é a que mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e Oxalufã a forma mais velha.


A figura de Omulu/Obaluaiê, assim como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.


Em algumas narrativas mais tradicionalistas tentam apontar-se que o conceito original da divindade se referia ao deus da varíola, tal visão porém, é uma evidente limitação. A varíola não seria a única doença sob seu controle, simplesmente era a epidemia mais devastadora e perigosa que conheciam os habitantes da comunidade original africana, onde surgiu Omulu/Obaluaiê, o Daomé.


Assim, sombrio e grave como Iroco, Oxumarê (seus irmãos) e Nanã (sua Mãe), Omulu/Obaluaiê é uma criatura da cultura jêje, posteriormente assimilada pelos iorubás. Enquanto os Orixás iorubanos são extrovertidos, de têmpera passional, alegres, humanos e cheios de pequenas falhas que os identificam com os seres humanos, as figuras daomeanas estão mais associadas a uma visão religiosa em que distanciamento entre deuses e seres humanos é bem maior. Quando há aproximação, há de se temer, pois alguma tragédia está para acontecer, pois os Orixás do Daomé são austeros no comportamento mitológico, graves e conseqüentes em suas ameaças.


A visão de Omulu/Obaluaiê é a do castigo. Se um ser humano falta com ele ou um filho-de-santo seu é ameaçado, o Orixá castiga com violência e determinação, sendo difícil uma negociação ou um aplacar, mais prováveis nos Orixás iorubás.


Pierre Verger, nesse sentido, sustenta que a cultura do Daomé é muito mais antiga que a iorubá, o que pode ser sentido em seus mitos: A antigüidade dos cultos de Omulu/Obaluaiê e Nanã (Orixá feminino), freqüentemente confundidos em certas partes da África, é indicada por um detalhe do ritual dos sacrifícios de animais que lhe são feitos. Este ritual é realizado sem o emprego de instrumentos de ferro, indicando que essas duas divindades faziam parte de uma civilização anterior à Idade do Ferro e à chegada de Ogum.


Como parte do temor dos iorubás, eles passaram a enxergar a divindade (Omulu/Obaluaiê) mais sombria dos dominados como fonte de perigo e terror, entrando num processo que podemos chamar de malignação de um Orixá do povo subjugado, que não encontrava correspondente completo e exato (apesar da existência similar apenas de Ossãe). Omulu/Obaluaiê seria o registro da passagem de doenças epidêmicas, castigos sociais, já que atacariam toda uma comunidade de cada vez.


Obaluaiê, o Rei da Terra, é filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado "o velho", com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé. Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente consagrado a Omulu, que é chamado "médico dos pobres".


Suas relações com os Orixás são marcadas pelas brigas com Xangô e Ogum e pelo abandono que os Orixás femininos legaram-lhe. Rejeitado primeiramente pela mãe, segue sendo abandonado por Oxum, por quem se apaixonou, que, juntamente com Iansã, troca-o por Xangô. Finalmente Obá, com quem se casou, foi roubada por Xangô.


Existe uma grande variedade de tipos de Omulu/Obaluaiê, como acontece praticamente com todos os Orixás. Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc., mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço. A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo, Sapatoi, Iximbó, Igui.


Esta Grande Potência Astral Inteligente, quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaiê. Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.


Atuam também no plano físico, junto aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o alívio das dores daqueles que sofrem.


O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.


Os comandados de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.

Características:

Cor: Preto e branco

Fio de Contas: Contas e Miçangas Pretas e Brancas leitosas.

Ervas: Canela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho, Barba de Milho, Barba de Velho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia -sete sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia)

Símbolo: Cruz

Pontos da Natureza: Cemitério, grutas, praia

Flores: Monsenhor branco

Essências: Cravo e Menta

Pedras: Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato

Metal: Chumbo

Saúde: Todas as partes do corpo (É o Orixá da Saúde)

Planeta: Saturno

Dia da Semana: Segunda-feira

Elemento: Terra

Chakra: Básico

Saudação: Atôtô (Significa “Silêncio, Respeito”)

Bebida: Água mineral (vinho tinto)

Número: 3

Data Comemorativa: 16 de Agosto (17 de Dezembro)

Sincretismo: São roque (São Lázaro).

Incompatibilidades: Claridade, sapos

Atribuições: Muitos associam o divino Obaluaiê apenas com o Orixá curador, que ele realmente é, pois cura mesmo! Mas Obaluaiê é muito mais do que já o descreveram. Ele é o "Senhor das Passagens" de um plano para outro, de uma dimensão para outra, e mesmo do espírito para a carne e vice-versa

As Características Dos Filhos De Obaluaiê:

Ao senhor da doença é relacionado um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela Omulu/Obaluaiê esconde dos espectadores suas chagas, não deixa de mostrar, pelos sofrimentos implícitos em sua postura, a desgraça que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência se revela através de um caráter tipicamente masoquista.

Arquetipicamente, lega a seus filhos tendências ao masoquismo e à autopunição, um austero código de conduta e possíveis problemas com os membros inferiores, em geral, ou pequenos outros defeitos físicos.


Pierre Verger define os filhos de Omulu como pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omulu/Obaluaiê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.

Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.

Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omulu/Obaluaiê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omulu/Obaluaiê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.

Assim como Ossãe, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade para si própria. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.

Entretanto, podem ser humildes, simpáticos e caridosos. Assim é que na Umbanda este Orixá toma a personalidade da caridade na cura das doenças, sendo considerado o "Orixá da Saúde”.

O tipo psicológico dos filhos de Omulu é fechado, desajeitado, rústico, desprovido de elegância ou de charme. Pode ser um doente marcado pela varíola ou por alguma doença de pele e é freqüentemente hipocondríaco. Tem considerável força de resistência e é capaz de prolongados esforços. Geralmente é um pessimista, com tendências autodestrutivas que o prejudicam na vida. Amargo, melancólico, torna-se solitário. Mas quando tem seus objetivos determinados, é combativo e obstinado em alcançar suas metas. Quando desiludido, reprime suas ambições, adotando uma vida de humildade, de pobreza voluntária, de mortificação.

É lento, porém perseverante. Firme como uma rocha. Falta-lhe espontaneidade e capacidade de adaptação, e por isso não aceita mudanças. É vingativo, cruel e impiedoso quando ofendido ou humilhado.

Essencialmente viril, por ser Orixá fundamentalmente masculino, falta-lhe um toque de sedução e sobra apenas um brutal solteirão. Fenômeno semelhante parece ocorrer no caso de Nanã: quanto mais poderosa e mais acentuada é a feminilidade, mais perigosa ela se torna e, paradoxalmente, perde a sedução.





SÃO ROQUE

Padroeiro dos inválidos, cirurgiões, protetor do gado, contra doenças contagiosas e a peste.

Significado do nome: eremita, homem grande e forte

Originário de família nobre, distinta e abastada, São Roque nasceu em Montpellier, na França, em 1295.

Seu nascimento teve o significado de um grande dom de Deus e fruto das orações de seus pais. Libéria, sua mãe, mulher virtuosa, era devotada de Nossa Senhora, a quem recorreu, pedindo a graça de ter um filho, apesar de sua idade avançada. Foi atendida em seu anseio e dedicou-se com cuidado à educação de Roque, incutindo-lhe desde cedo a devoção à Nossa Senhora.

Perdeu os pais entre os quinze e vinte anos, herdando um enorme patrimônio. Mas as aspirações de Roque eram por outra herança: queria viver na pobreza, imitando a Cristo.

Assim, inclinado para a piedade, repartiu entre os pobres, em segredo, tudo o que pode colher de suas rendas. Como a idade não lhe permitia dispor nem alienar seus bens de raiz, confiou-os a um tio, partindo sem nada para Roma, mendigando pelo caminho.

Chegando a Toscana, em Aguapendente, viu a grande mortalidade causada pela peste. Levado pelo desejo de ser útil aos empestados, pediu permissão ao administrador do hospital para assistir aos doentes, o que lhe foi permitido.

Logo que Roque se meteu entre os empestados, cessou a epidemia da doença naquela cidade. O mesmo se deu em Cesena e outras localidades; dizia-se que a peste fugia de Roque.

Tomando conhecimento de que a epidemia chegara a Roma, Roque partiu imediatamente. Lá chegando, foi ouvido em confissão pelo cardeal Britânico que então tomou conhecimento dos dons que o Santo possuía. Pediu-lhe para que suplicasse a Deus pelo fim do flagelo que atingia a cidade. Roque fez a oração e sentindo que alcançara a graça, convidou o cardeal a agradece-la juntamente com ele. Mas esse fato se creditou à virtude do Santo.

Permaneceu em Roma por três anos, praticando a caridade na assistência aos enfermos. Ao retornar à França, foi passando por localidades da Itália, onde já havia estado. Ficou por alguns anos nas cidades da Lombardia, tratando os doentes a quem, muitas vezes, curava com o sinal da cruz.

Em Piacenza (Palencia), acabou por contrair a doença. Certa noite despertou com febre e dor aguda na perna esquerda, o que o fazia gritar. A violência do mal não lhe permitia tranqüilidade interior. Para não perturbar com seus gritos os outros doentes do hospital, dirigiu-se para fora da cidade, à entrada de um bosque, onde encontrou uma pequena choça que lhe serviu de abrigo. Esse foi seu refúgio para não perturbar ninguém.

Com a graça de Deus, Roque viu brotar perto da cabana, um manancial de água cristalina. Com ela, sentia mais alívio, ao lavar suas feridas. Se não fosse um cão que todos os dias lhe trazia pão roubado da mesa do dono, teria morrido de fome. O dono do cão, intrigado com a regularidade com que este lhe roubava o pão, seguiu-o certa vez, pela floresta, encontrando Roque, de quem tornou-se amigo, fazendo o possível para ajuda-lo.

Curado da peste, Roque dirigiu-se para à França a fim de liquidar o restante de seus bens. Montepellier estava em guerra civil quando lá chegou. Tido como espião, foi levado à presença do governador que era seu tio. Diante dele, sequer afirmou sua identidade. Ninguém o reconheceu, pois os anos e a vida que levara alteraram-lhe a fisionomia e a aparência. Preso, ficou num calabouço escuro durante cinco anos. Seu alimento era pão e água, passando os dias em oração. Sua consolação estava em Deus e na Virgem Maria.

O carcereiro da prisão admirava-se da extraordinária paciência do Santo e considerava-o diferente dos outros presos.

Sentindo que a própria morte se aproximava, Roque pediu a presença de um sacerdote para se confessar e comungar. Por tudo o que disse, o confessor notou que aquele era um homem extraordinário e comunicou suas impressões ao governador. Este, porém, desconsiderou a apreciação do sacerdote.

Completamente abandonado Roque, falecia pouco depois. Era o dia 16 de agosto de 1327. Ao descer ao calabouço, o carcereiro viu uma luz muito brilhante saindo pelas brechas da cela. Abriu a porta e encontrou Roque morto, estendido no chão.

Difundiu-se pela cidade, rapidamente, a notícia de que havia falecido um Santo na prisão. Muitas pessoas dirigiram-se para lá. Entre os visitantes, estava também sua avó, que reconheceu o corpo de Roque por uma mancha cor de vinho, em forma de cruz, que ele tinha no peito.

Ao ter conhecimento de que o morto era seu sobrinho, o governador ficou inconsolável pela dureza com que o tratara e providenciou suntuosos funerais. O corpo de Roque foi conduzido triunfalmente pelas ruas da cidade, acompanhado de clero, nobreza e povo.

Em seu nome, logo aparecerem diversos e prodigiosos milagres. Durante o Concílio de Constança, em 1414, São Roque foi invocado contra a peste que tomara conta da cidade. A partir dessa data, o culto de São Roque se estendeu por toda a Europa, particularmente à Itália e à Flandres. Este culto foi solenemente confirmado pelo Papa Urbano VIII e por dois decretos da Sagrada Congregação dos Ritos de 16 de julho e 26 de novembro de 1629.

Relíquia

Venera-se na igreja matriz da cidade de São Roque uma parcela do braço de São Roque. Essa relíquia foi concedida à nossa igreja, em 1953 pelo eminentíssimo cardeal Adeodato Piazza. Acha-se ela encerrada em artístico relicário feito em Milão ( Itália ). Dignos de nota são os três medalhões ( de puro esmalte ) que ornam o pé do relicário: o primeiro é o mapa do Brasil - o segundo é o mapa do estado de São Paulo com o município de São Roque representado por um cacho de uvas - o terceiro é o escudo da Ordem dos Carmelitas Descalços, a cujos cuidados estava confiada.


Oração à São Roque

Glorioso São Roque,
alcançai-nos de Cristo Nosso Senhor as graças que nos são necessárias para vivermos dignamente a vida cristã.

Aumentai em nós a fé, a esperança e a caridade.

Seguindo o Vosso Exemplo queremos amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como Cristo nos mandou.

Queremos ajudar aos pobres, aos doentes,
aos necessitados de toda a espécie, como vós mesmo o fizestes.

E que um dia, na glória do céu, nós possamos,
convosco, gozar da vida eterna. Amém.


Oração à São Roque
Para alcançar a cura em qualquer enfermidade

Ó inefável padroeiro nosso, São Roque,
pela ardente caridade com que amastes o próximo nesta terra,
chegastes a expor vossa própria vida para assisti-lo nas necessidades e doenças, especialmente nas moléstias contagiosas.
Oh! Fazei que estejamos sempre livres dessas terríveis enfermidades e livrai-nos da peste ainda perigosa que é o pecado.

Amém.


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Dia de Iemanjá - Nossa Senhora da Glória - 15 de Agosto




Oração a Nossa Senhora da Glória

Ó Dulcíssima Soberana, Rainha da Glória,bem sabemos que, miseráveis pecadores, não éramos dignos de Vos possuir neste vale de lágrimas,
mas sabemos também que a Vossa grandeza não Vos faz esquecer a nossa miséria e no meio de tanta glória a Vossa compaixão longe de diminuir, aumenta cada vez mais para conosco.
 Do alto desse trono de onde reinam sobre todos os Anjos e Santos, volvei para nós os Vossos olhos misericordiosos e Vêde a quantas tempestades e mil perigos estaremos sem cessar expostos até o fim de nossa vida!
Pelos merecimentos de Vossa bendita morte, obtendo-nos o aumento de fé, de confiança e da santa perseverança na amizade de Deus, para que possamos ir um dia beijar os Vossos pés e unir as nossas vozes às dos Espíritos celestes, para Vos louvar e cantar a Vossa glória eternamente no Céu.
Assim seja.


Pedido para livrar-nos da maldade dos nossos inimigos, das doenças infecciosas, e da morte súbita

Nossa Senhora da Glória, ornada das mais fulgurantes estrelas do firmamento, sentada em vosso trono na corte do Altíssimo.
Vinde em meu socorro, amparai-me nas tribulações, protegei-me contra as ciladas do Espírito das trevas, acorrei em meu auxilio.
Nossa Senhora da Glória, graças vos sejam dadas, louvores sejam entoados à vossa pureza, Santa Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo que padeceu e morreu na cruz pelos nossos pecados.
Livrai-me, Senhora, da maldade dos meus inimigos.
Livrai-me das doenças Infecciosas. Livrai-me da morte súbita. Vinde em meu auxílio na hora da minha morte.
Amem.


Dia 15 de agosto celebra-se Nossa Senhora da Glória, cuja figura representa o ato da assunção corpórea da Virgem Maria.

Embora representada de maneiras diferentes, no caso da representação da Virgem Maria em Nossa Senhora da Glória o significado está na glorificação de Maria, assunta ao Céu, coroada como Rainha da Glória. Por isso mesmo sua representação é feita trazendo uma coroa na cabeça, um cetro na mão e nos braços o Menino Jesus.

Há 58 anos o Papa Pio XII proclamou o dogma da Assunção corpórea: "Depois de elevar a Deus muitas e reiteradas preces e de invocar a luz do Espírito da Verdade, para glória de Deus onipotente, que outorgou à Virgem Maria sua peculiar benevolência; para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e vencedor do pecado e da morte; para aumentar a glória da mesma augusta Mãe e para gozo e alegria de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus e sempre Virgem Maria, terminado o curso da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória do céu". (Constituição Munificentissimus Deus, 1º de novembro de 1950).

A festa litúrgica é celebrada desde a antigüidade, no Oriente e no Ocidente. Os ortodoxos também a celebram com o nome de Dormição da Mãe de Deus (Theotókos), os armênios a celebram no 3º domingo de agosto. Embora a Igreja ortodoxa não considere a assunção corpórea um dogma de fé, também crêem que ela foi levada aos céus de corpo e alma.

No Rio de Janeiro, a devoção a Nossa Senhora da Glória surgiu no início do século XVII, alguns anos após a fundação da cidade, no ano de 1608. Mas, as origens históricas remontam a 1671. O ermitão Antonio Caminha, natural do Aveiro, esculpiu a imagem da Virgem em madeira e ergueu uma pequena ermida no "Morro do Leripe", onde já existia a gruta, formando-se em torno um círculo de devotos.

Diz a lenda que para presentear o rei D. João V, Caminha fez uma réplica da imagem embarcando-a para Portugal. O navio que a transportava naufragou e as ondas a levaram para uma praia na cidade de Lagos, no Algarve. Aí frades capuchinhos a recolheram, levando-a para o convento onde é cultuada até os dias atuais, na Igreja de São Sebastião.



ODÔIA IEMANJÁ! ODOFEIABÁ!


Odoiá, Odoiá, Iemanjá
Rainha das Ondas, sereia do mar.
Como é belo seu canto, senhora!
Quem escuta chora, mãe das águas,
do oceano, soberana das águas.
Dê-me sucesso, progresso e vitória.
Abra meus caminhos no amor e cuide de mim.
Que as águas sagradas do oceano lavem minha alma e meu ser.
Abençõe, mãe, minha família e meus amigos.
Permita que o amor seja nossa maior fonte de energia.
Sou suas águas, suas ondas, e a senhora cuida dos meus caminhos.
Iemanjá, em seu poder eu confio.

         Dia 15 de Agosto comemora-se o dia de Nossa Senhora da Glória que é sincretizada com Iemanjá na Umbanda (de acordo com o calendário oficial de Umbanda).

É o único Orixá que tem sua imagem própria nos Altares, dispensando o sincretismo como acontece com os demais Orixás: Uma bela Mulher, saindo das águas do Mar, com vestimenta em Azul Claro, com o Colo Nu, espargindo estrelas de ambas as mãos.

Na verdade, a data comemorativa para Iemanjá varia de região para região, sendo tanto em 15 de agosto, quanto em 02 de fevereiro, 08 de dezembro, ou ainda, na passagem do ano.
No Rio de Janeiro, revencia-se a Mãe d´Água em 15 de agosto. Em São Paulo, a maior comemoração é no dia 08 de dezembro, na Praia Grande.
Em Salvador, ocorre anualmente, no dia 02 de fevereiro, dia de Nossa Senhora da Candeia, uma das maiores festas do país em homenagem à Rainha do Mar. A celebração envolve milhares de pessoas que, trajadas de branco, saem em procissão até à foz do rio Vermelho, onde depositam variedades de oferendas, tais como espelhos, bijuterias, comidas, perfumes e toda sorte de agrados.

Em 08 de dezembro, ocorre a festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia, padroeira da Bahia. Nesse dia, feriado municipal em Salvador, também é realizado, na praia da Pedra Furada, no bairro do Monte Serrat (também chamado Boa Viagem), a festa do presente de Iemanjá, manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais.

No Rio Grande do Sul a comemoração é no dia 02 de fevereiro, onde, Iemanjá é sincretizada com Nossa Senhora dos Navegantes. As cerimônias são comumente feitas à beira-mar, no litoral gaúcho. A imagem da santa vai até o porto, onde as embarcações param e são recepcionadas por devotos que carregam a imagem de Iemanjá. Também ocorrem em rios, como em Porto Alegre (Rio Guaíba). Em Santa Catarina, é realizada anualmente no dia 02 de fevereiro, na Praia Central de Balneário Camboriú a Festa em homenagem a Iemanjá. 

Na capital da Paraíba, a cidade de João Pessoa, o feriado municipal consagrado a Nossa Senhora da Conceição, 08 de dezembro, é o dia de tradicional festa em homenagem a Iemanjá.
O Orixá Iemanjá sincretiza com diversas representações de Nossa Senhora, por representar a grande mãe, provedora e que acolhe os filhos em seus braços, assim como Nossa Senhora sempre acolheu seu filho, Jesus. Também conhecida como Senhora da Coroa Estrelada ou Janaina (do tupi-africano) é a deusa do mar e protetora das mães e das esposas

No candomblé Iemanjá é mais conhecida como Yemonja que quer dizer mãe cujo os filhos são peixes, é a senhora do rio Ógún. A mulher de Oxalá e mãe de Ogum, Oxossí, Xangô e Exu, filha de Olocum a senhora do mar.

Por isso mesmo, Iemanjá e símbolo da personalidade feminina, da beleza e da reprodução. Na natureza, liga-se às águas do mar (conhecido também como calunga grande). Rege também todas as substâncias que se encontram no fundo dos mares. É, também, na vibração de Iemanjá que atuam as famosas sereias e as ondinas, seres elementais da Natureza.

Nessa linha, apresentam-se todas as iabás (orixás femininos), Oxum, Nanã, Iansã, Obá, e outras. Iemanjá é a energia geradora, representa a mãe do Universo. Quando incorporadas, as entidades dessa linha gostam de trabalhar com água do mar, expressando-se de forma serena. Fazem uso da mecânica de incorporação emitindo sons que são verdadeiros mantras que são confundidos por lamentos devido a associação do canto das sereias. Nada impede que médiuns homens trabalhem com essas entidades pois todos tem o equilíbrio dentro de si.

Da linha de Iemanjá provêem as Caboclas das águas, doce e salgada, cujas falanges descarregam os terreiros e as pessoas que comparecem aos Templos, limpando fluidicamente o ambiente dos Templos e as pessoas que lá comparecem.

Os Caboclos e os Pretos Velhos evocam as trabalhadoras da linha de Iemanjá com grande freqüência, principalmente nos descarregos e rezas.

Em termos de popularidade, Iemanjá é o Orixá de maior destaque no Brasil, sendo festejado tanto na Umbanda e cultos africanos como suas festas atraem crentes de todas as religiões, como nas oferendas de final de ano nas praias de todo o país.

Características: sentimento maternal, afabilidade e doçura; apego à hierarquia, retidão e alguma rigidez; determinação, responsabilidade e força.

Cores: branco transparente. Sua conta é feita de contas de cristal translúcido, transparentes, na Umbanda.

Quando Oferendada: flores brancas (rosas, palmas, crisântemos, etc), champanhe ou água mineral, espelho, perfumes, jóias.

Locais: mar e praia.

Saudação: Odôia! Odôfeiabá! (Salve a Senhora das Águas!)

Dia da semana: sábado



ALGUNS PONTOS CANTADOS:


Mãe d’Água,
Rainha das Ondas,
Sereia do Mar,…
Mãe d’Água,
Teu canto é bonito,
Quando faz luar,…
Auê, auê, Yemanjá !…
Auê, auê, Yemanjá !…
Rainha das Ondas,
Sereia do Mar. (bis)
Como é lindo o canto de Yemanjá,
Faz até o pescador chorar,
Quem escuta, a Mãe d’Água, cantar…
Vai com Ela p’ro fundo do mar.

********************
Vem sobre as ondas do mar,
O veleiro do senhor,
Estava na beira da praia,
Quando o veleiro atracou,
Ela é a Rainha do Mar,
É Yemanjá quem chegou,
Ela vem brincar na areia,
Vem do mar essa linda sereia.

********************
Eu fui lá na beira da praia,
Para ver o balanço do mar,
Eu vi um retrato na areia,
Me lembrei da Sereia,
Comecei a chamar,…
O Janaína, vem, vem,
O Janaína, vem cá,
Receber estas flores,
Que eu venho te ofertar. (bis)
Brilha, brilha, as ondas no mar…
Brilha, brilha, as ondas no mar…
E nas ondas eu vejo,
Nossa Mãe Yemanjá,
Rainha do Céu, da Terra e do Mar. (bis)
E o mal deste(a) filho(a),
As ondas vão levando,
Conchinhas rolando,
Sereia cantando,
E a Yemanjá,
Eu vou saravando. (bis)
Ó doce Iába ! Ó doce Iába !

**************************
Ó que barco tão lindo!…
Que vem sobre as ondas do mar!…
Ele trás as vibrações,
De nossa Mãe Yemanjá!…(bis)
Yemanjá! Yemanjá!
Ela é a Rainha do Mar! (bis)
Ó doce Iába !
Ó doce Iába !
Brilhou, brilhou, brilhou,
Brilhou no mar!
O manto de nossa Mãe Yemanjá!…(bis)
Brilhooouuu!… Brilhou no mar!…
O manto de nossa Mãe Yemanjá! (bis)
Ó doce Iába !
Ó doce Iába !
A marola no mar vai levando…
Yemanjá é que vai navegando…
A marola no mar vai levando…
Yemanjá é que vai navegando…(bis)
Ó doce Iába !
Ó doce Iába !


Por: Lara Lannes


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

Ouça os Pontos da Linha de Esquerda da Umbanda