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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Saudades das Entidades. Das Entidades!?...


“Tu serás sempre responsável pelo o que cativas”. Essa frase eu ouvi a muito tempo de Madame Gabriela. É bem verdade que ela se referia a mim, e hoje recorro a essa mesma frase para falar um pouquinho sobre o papel das entidades em nossas vidas.

Como vocês vêem o fato de sentir saudades de uma entidade? Como um espírito iluminado consegue despertar em nossos íntimos um sentimento de amizade, admiração e, porque não, amor. Amor às coisas sagradas, amor pela religião, amor pela vida, amor ao Criador de tudo e de todos.

Já me esqueci de quantas vezes senti falta de uma entidade, com todas as suas características e peculiaridades.

Também já testemunhei como uma entidade consegue, com o tempo, mudar hábitos e costumes. Quem nunca tomou os chás da Tia Luanda? Eu mesma nem gostava de chás, de repente minha despensa passou a estocá-los.

É muito gostoso sabermos que haverá uma nova gira e que poderemos rever as entidades.

Os trabalhos desempenhados por elas não se limitam às incorporações em seus médiuns e atendimentos aos consulentes. Na hierarquia da Umbanda, no plano astral, as entidades se agrupam em correntes de trabalhos, tais como Pretos Velhos, Caboclos, Crianças, Baianos e Guardiões, e conforme vão labutando, também ascendem na escala evolutiva. É então que um baiano deixa seu grau Baiano e passa a ser um caboclo, por exemplo.

E quando uma entidade se despede, abrindo passagem para outra trabalhar, deixa em nossos corações uma alegria imensa por vê-la conquistar mais um grau, e também um vazio, cheio de saudades, e muitas recordações.

Neste sentido, sinto a falta do Caboclo Pena Verde, que incorporava em nossa Mãe de Santo, e que há alguns anos, ascendeu na escala evolutiva, cedendo passagem ao Caboclo Tupinambá, não menos atencioso e iluminado que aquele.

Nós – encarnados – temos sentimentos de “apego”, de “posse” e uma necessidade grande de “materialismo”. Ouso dizer aqui, necessidade dos 5 sentidos.

É importante, para uma maioria, “ver” a entidade incorporada no médium; “ouvir” suas palavras; “sentir” seus movimentos e, quem sabe, campo energético; ter a percepção “olfativa” de suas ervas aromáticas, suas bebidas e fumos; e, porque não, o “palato”, quando a entidade lhe oferta um copo d’água ou outra bebida.

Quem nunca levou um vasinho de flor para uma entidade ou corrente espiritual para ser colocado no congá? E nas giras das Crianças, um pacote de balas para somar à magia imperada por elas? Um maço de cigarros ou charutos para presentear a Esquerda?

É. Acho que esses gestos resumem esse sentimento de querer bem, de dizer-lhes indiretamente um “muito obrigado”, porque até dos agradecimentos as entidades abrem mão, e como queremos frisar nosso contentamento, agimos desse modo, em sinal de respeito e gratidão.

Penso que respeito e gratidão são os primeiros passos para conquistarmos tudo o que pedimos com amor e fé, e desde que seja do nosso merecimento alcançá-los. Por isso, para mim é um gesto importante agradecer às entidades, que durante tanto tempo nos vem acompanhando e ouvindo, é como se dissesse:

- “Obrigada, meu Pai Maior. Obrigada às Sete Linhas da Umbanda. Obrigada a toda essa corrente espiritual. Obrigada por não me deixar sozinha nesses momentos de aflição”.

Somos cativos dessas entidades tão especiais e amadas. Saravá!

Abraços a todos!
 
Por Eliana Cristina Ferreira Janjacomo
Fonte http://www.tendadopaibenedito.com.br/

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