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segunda-feira, 23 de maio de 2011

Salve Ogum Beira Mar!!!!!!!!!!

À Beira Mar 

A lua brilhava cheia e gigante no céu quando tive a oportunidade de encontrá-lo à primeira vez.
Andei com passos firmes em sua direção, mas quando estava a três passos de distância dele uma emoção incontida explodiu do meu peito e então pus-me a chorar sofregamente.
Não conseguia entender o porquê, mas minhas pernas perderam as forças e caí de joelhos em sua frente.
De vez em quando as ondas estouravam próximas a mim, mas o meu rosto estava banhado mesmo era por um choro incontido de um sentimento profundo de saudade sendo amenizada.
 Por quanto tempo permaneci sentado e chorando não sei precisar. Só sei que de repente as lágrimas se foram do mesmo jeito que vieram.
Em direção ao meu chacra coronário aquele ser projetou uma luz azul-esbranqueada que brilhava como neon e paulatinamente comecei a recobrar a minha capacidade de raciocinar, pois até mesmo isto aquelas lágrimas de saudade provocaram em mim, tendo em vista que só conseguia pensar naquele sentimento de saudade incontida que estava sendo amenizado em meu espírito.
Aquele ser maravilhoso, majestoso, divino, lindo não pronunciou palavra alguma, em momento nenhum, mas estendeu sua mão direita pedindo que me levantasse.
Uma transmutação havia acontecido em mim, pois toda aquela saudade virou alegria, alegria incontida, júbilo e eu, então, levantei-me.
Ele possuia 2,5 metros de altura, cabelos na altura dos ombros e esbranquiçados; seu corpo estava revestido por uma estranha armadura que tinha uma cor parecida com prata e que se amoldava perfeitamente em seu corpo como se fosse uma roupa de malha.
Havia uma espada guardada na bainha e a feição de seu rosto, ressaltando os olhos negros, firmes e decididos, despertava um imenso sentimento de ordem aquietadora: aquela que acalma o espírito pela certeza de evolução que irradia serena e incessantemente.
Estava de pé diante dele e pensei em dizer-lhe que não era merecedor de estar naquela posição, como se fosse um igual; mas, lendo meus pensamentos, ele levou o indicador da destra próximo a boca como quem pede silêncio.
Então, em um processo que não sei explicar, ele me disse através de sua mente:
─ Peço-te para estar de pé por que confio em tua evolução. Confio que em ti a fé crescerá de um modo que um dia poderá ser vós quem estará nesta areia molhada a auxiliar àqueles necessitados de evolução .
─ Sim senhor!
─ Tenha fé! A chave da vida está na fé! Só ela abre portas fechadas por desesperos e desilusões!
─ Sim Senhor!
─ Pratique a fé! Honre o seu grau! A escrita divina é paz, é luz, gera vida! Só a geração de vidas pode compensar vibratória e consciencialmente o movimento disseminado de morte em vastas proporções!
─ Sim senhor!
─ Cada aprendiz esclarecido na fé, traz um pouquinho de fé para o seu caminho!
─ Sim senhor!
E então, aquele ser, que de tão divino deixava- me boquiaberto,disse-me mentalmente:
─ A areia desta praia representa o teu espírito quando saiu do útero divino.
─ Sim senhor!
Foi ai que ele desembainhou sua espada e fincou-a vagarosamente na areia enquanto fitava-me profundamente para dizer-me:
─ A partir deste momento, aonde quer que fores, por onde tu andares, minha espada estará contigo de uma forma ou de outra. O cabo dela estará em minhas mãos, mas o corpo dela estará em ti, a teu favor; enquanto for da vontade do meu pai e dela se fizer merecedor!
─ Obrigado! É uma honra!
─ Não, não se engane! É lei, é ordem e é vida que trabalha em nome da evolução através do conhecimento sobre as coisas da fé! O nome desta espada é trabalho e só pode honrá-la quem chegar ao final de um estágio corporal com a consciência do dever cumprido!
─ Sim Senhor!
─ Esta espada para ti é um meio e não um fim em si mesma!
─ Sim senhor!
─ Minha espada estará contigo não por que és alguém diferenciado, mas tão somente para auxiliar a tantos outros que podem ser beneficiados por meios de instrumentos de escrita usados por você, mas guiados pela misericórdia de Deus!
─ Sim senhor! Posso fazer uma pergunta ao senhor ?
─ Faça-a! Mas não poderei responder como você espera!
─ Sim senhor! É que eu gostaria de saber por que, apesar de o senhor despertar tanto respeito, irradiar tanto sentimento de ordem eu só conseguir sentir pelo senhor uma imensa saudade potencializada pelo sentimento de amor como um filho tem por seu pai!
Aquele ser, então, estendeu a destra em direção a toda aquela extensão de areia molhada, enfeitada pela espuma do mar, e disse:
─ A resposta está dentro de você!

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