Atualmente, muitos jovens trabalham nas casas como Ogãs, responsáveis pelos toques dos atabaques, e, em algumas ocasiões, como médium.
Não consigo mais separar a religião da vida particular e da profissional. É uma coisa só, completa.
Não importa qual é a religião e a doutrina que segue, o importante é respeitar todas, se encontrar, e praticar a caridade.
Acredito que a Umbanda deve ser também entendida e praticada dentro de seus princípios litúrgicos e para isso o Estudo se faz necessário.
O médium deve ter consciência de seus deveres e responsabilidades perante a Umbanda e o Astral Superior, pois só assim ele sairá da condição de simples praticante, aquele que tem a Umbanda como um fenômeno de incorporação apenas, para uma a condição de um Ser religioso, ou seja um Sacerdote.
Quando menciono a palavra Sacerdote, não me refiro aquele diploma que ficará pendurado na parede, mas sim aquele poder de cura que somente pessoas com auto-equilíbrio e total esclarecimento consegue ter e expressar ao próximo.
Sacerdote é aquele que tem o dom de ensinar, que toca no coração das pessoas, ensinando coisas mesmo, quando não quer dizer nada. Sacerdote é aquele que traz o dom do Astral Superior e que tem a humildade na alma.
Mas, não uma humildade de inferioridade, mas de misericórdia.
No entanto, é importante esclarecer dois pontos:
-Primeiro, para se chegar ao auto-equilíbrio a pessoa deverá ter trabalhado muito o seu íntimo com grandes reformas intimas e é claro que o esclarecimento, o conhecimento e a religiosidade são os pilares para essas reformas.
-Segundo quando me refiro ao ‘Sacerdote - aquele que cura’, não me refiro a cura física, mas sim a cura da alma, das magoas e da tristeza, claro que curando o espírito o corpo físico responde rapidamente, mas o que me refiro é aquela cura capaz de encher o coração próximo de esperança, de alegria e de fé, isso sim é ter o poder sacerdotal.
E mais uma vez digo, para isso acontecer é preciso que o médium tenha conhecimento e responsabilidade, que tenha a alma pura, cheia de amor incondicional e que tenha a sua reforma intima sustentada pela sua religião.
Uma religião que traz os mais puros sentimentos de liberdade, de paz e de segurança como a Umbanda traz, basta conhecê-la.
Sempre afirmo:
“só se pode amar algo quando realmente se conhece, caso contrario é ilusão, é um amor sem sustentação e sem confiança, portanto logo se romperá o laço”, e infelizmente é isso que mais vemos acontecer na Umbanda, a maioria dos médiuns chegam na empolgação fazendo juras de amor, mas a primeira balançada é suficiente para romper todo esse “amor” e entusiasmo.
Guardião de Ogum.
Um comentário:
Saravá! Agô! Axé!
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